Home Forums User Reports Poluição do Ar na Baixa Lisboeta

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      A “Luz de Lisboa” é conhecida e já reconhecida internacionalmente.

      A Luz e a Cor da cidade de Lisboa devem-se a uma atmosfera particular, no geral, livre de poluição. Outras cidades europeias  possuem níveis de poluição do ar muito maiores, atmosferas menos transparentes e paisagens de cores menos vivas e com horizontes visuais a distâncias muito mais curtas. Da mesma forma, também poucos saberão que existem 3 grandes factores que influenciam esta limpeza da atmosfera:

      1.    A existência do estuário do rio Tejo, mantendo um arejamento (fluxos de ar) e uma humidade atmosférica capaz de facilitar a deposição dos núcleos de condensação que as partículas podem constituir, arrastando consigo para o solo uma grande parte dos poluentes atmosféricos.

      2.    A existência de espaços verdes de grande dimensão, sobretudo o Parque Florestal de Monsanto, com uma área próxima de 1/8 da área total do município, com uma grande capacidade de Fotossíntese e como tal promovendo a captura do Dióxido de Carbono e a libertação de mais Oxigénio para a atmosfera, ao mesmo tempo que compensa os resultados da queima de combustíveis fósseis, assim diminuindo a intensidade da chamada “Ilha de Calor”.

      3.    O desenho urbano sobretudo da Baixa Lisboeta (cidade moderna) organizada segundo os ventos dominantes para facilitar o arejamento, os cinturões verdes das encostas que subsistem ao crescimento da cidade edificada, e uma tradição cultural de plantação de árvores de alinhamento em caldeira (que vão do pátio das laranjas, ao quintal, ao saguão, ao jardim de bairro, …

      Mas a cidade tem vindo a ser saturada de trânsito automóvel, sobretudo consequência de uma política assente nos impostos sobre os combustíveis, acarinhando um modelo (não europeísta) que promove o transporte privado individual. Esta politica desinvestiu completamente nos transportes coletivos públicos e estes tornaram-se menos e menos eficientes.

      Ultimamente esta política inverteu-se e assim começaram a ser criadas dificuldades ao acesso das viaturas privadas ao centro da cidade, criando barreiras à fluidez de tráfego e interditando mesmo as mais poluentes nos dias uteis nas horas de trabalho.

      Este esforço tem reunido grandes antipatias por parte dos utilizadores de automóvel privado sobretudo porque não têm sido feitos os investimentos necessários para:

      4.    Existirem parques de estacionamentos periféricos gratuitos (dissuasores) onde os moradores dos subúrbios possam deixar as suas viaturas para posteriormente entrarem na coroa urbana já em transportes públicos,

      5.    Aumentar a eficiência das redes de transportes coletivos públicos sobretudo o metro e os autocarros e elétricos,

      6.    Transformar os transportes públicos gradualmente em transportes movidos a energias alternativas

      Têm sido feitos investimentos na criação de uma rede de corredores de circulação para bicicletas melhorando a mobilidade suave.

      Infelizmente, ao não realizar estes investimentos, assiste-se a uma continuação do uso do transporte privado agora com ainda menor fluidez de circulação e, em sua consequência com um aumento da poluição atmosférica.

      Movimentos de cidadãos têm-se organizado cada vez mais no sentido de pressionar as autoridades no sentido de priorizar estes mesmos investimentos

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

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